O que é que a Irlanda tem que os brasileiros tanto gostam?

Baixo custo e possibilidade de trabalhar enquanto estuda são algumas das vantagens

Um dos destinos mais procurados por brasileiros, a Irlanda oferece algumas vantagens comparativas a intercambistas principalmente para quem pretende estudar e trabalhar no exterior por um longo período. A Irlanda já figura entre os cinco países mais procurados por brasileiros para estudar inglês – os outros são Canadá, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra – e entre as cidades, Dublin é a preferida, seguida por Cork, Galway e Limerick. Esse cenário levou a S7 Intercâmbio, especializada em intercâmbios para destinos específicos e uma das pioneiras na venda de turismo pela internet, a abrir a agência Irlanda Brasil.

Segundo Juliano Westphal, analista de Marketing da agência, além de ter um padrão de ensino e de vida europeus, um dos principais atrativos para brasileiros é o custo mais em conta também para deslocamentos para outras cidades da Europa – é possível ir e voltar de Paris por € 50,00 ou de Glasgow por € 20,00. Apesar de o euro ser mais valorizado que o dólar, a Irlanda é um dos países mais baratos para fazer intercâmbio. A possibilidade de trabalho também pesa a favor. A Irlanda permite a estudantes estrangeiros de inglês trabalhar 20 horas semanais no período de aulas e 40h durante as férias, por isto, destaca-se no bloco como opção mais viável, principalmente para cursos com duração superior a seis meses.

Ao contrário de outros países, como Canadá, Nova Zelândia e Austrália, a Irlanda não exige um pré-visto para entrada. O visto temporário de um mês é concedido na imigração ainda no aeroporto. A partir daí, o intercambista tem 30 dias para ir ao escritório de imigração com o extrato bancário comprovando depósito mínimo de € 3.000,00 em um banco irlandês e a carta da escola comprovando o período do curso. Com esses dados, o oficial de imigração concede o visto para o período do aprendizado.

Além das vantagens econômicas, o país acolhe bem os estrangeiros. Westphal, que já participou de intercâmbio lá, relata que os irlandeses são famosos pelo seu espírito festivo e isso se reflete no contato com os estrangeiros. “É bem comum você estar em algum dos sete mil pubs espalhados pelo país e um morador puxar papo com você”. A Irlanda tem um forte histórico de migração, e isso se reflete na forma como recepciona os estrangeiros. Os irlandeses “também são bastante pacientes e compreensivos com as dificuldades de comunicação que os estudantes acabam encontrando”, afirma.  E apesar da crise, há boas oportunidades de trabalho para intercambistas, dependendo do esforço do estudante. O mercado do intercâmbio na Irlanda movimenta cerca de 800 milhões de euros por ano, uma receita importante, especialmente nesse período de crise.

Durante sua permanência no país, a maneira como os irlandeses prezam pela qualidade de vida, sabendo diferenciar os períodos de trabalho e lazer, chamou a atenção de Juliano. “Apesar de o clima não ser uma das principais qualidades do país, os irlandeses estão sempre de bom humor e disponíveis para fazer alguma coisa em espaços abertos, mesmo com a garoa que está presente em boa parte do ano”, conta.

Regras para estudar e trabalhar

  • Estar matriculado em um curso com duração mínima de seis meses e 15 horas semanais. No período de aulas, é possível trabalhar até 20 horas semanais e durante as férias esse período aumenta para 40 horas. A partir de janeiro de 2015, o período de férias é especifico entre os meses de maio e agosto e entre 15 de dezembro e 15 de janeiro.
  • Em geral, um intercambista pode ficar até sete anos no país, divididos da seguinte maneira: três anos como estudante de “Inglês Geral” e quatro anos como estudante de graduação.

Mercado de trabalho

  • Restaurantes, pubs, cafés e hotéis oferecem vagas e muitas lojas também contratam brasileiros.
  • O mercado de TI é grande na Irlanda e para essa área, inclusive, há facilidades na obtenção do visto de trabalho. A Irlanda é o principal polo de TI da Europa e empresas como Apple, Amazon, Microsoft, Facebook, Google, Paypal, Twitter, Linkedin, eBay e Intel têm suas sedes europeias.

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